CRI e CRA: O que são e como investir nesses títulos
Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) são títulos de renda fixa que têm ganhado cada vez mais espaço no mercado financeiro brasileiro. Eles oferecem uma alternativa atrativa para investidores que buscam boas rentabilidades com isenção de imposto de renda. Mas como funcionam esses títulos? Quais são seus pontos fortes e fracos? Vamos explorar esses aspectos neste artigo.
ECONOMIA
3/3/20253 min read


O que são CRI e CRA?
Os CRIs e CRAs são instrumentos de captação de recursos usados por empresas dos setores imobiliário e do agronegócio. Ambos funcionam como títulos lastreados em recebíveis, ou seja, são baseados em dívidas que empresas desses setores têm a receber no futuro. A principal diferença entre eles está na origem dos recebíveis:
CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários): Relacionado ao setor imobiliário, esses títulos são emitidos com base em recebíveis de financiamentos ou aluguéis de imóveis.
CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio): Ligado ao setor agropecuário, os CRAs são emitidos a partir de dívidas de produtores rurais, cooperativas ou empresas do agronegócio.
Como funcionam esses investimentos?
Os CRIs e CRAs são emitidos por companhias securitizadoras, que compram os recebíveis de empresas e transformam essas dívidas em títulos negociáveis no mercado financeiro. Os investidores compram esses títulos e recebem pagamentos periódicos de juros, além do valor principal ao final do período acordado.
Esses ativos podem ter rentabilidade atrelada a diferentes indicadores, como:
Taxa prefixada: O investidor sabe exatamente quanto receberá ao longo do período.
Atrelado ao CDI: Rentabilidade acompanha a taxa de juros do mercado.
Atrelado ao IPCA: Proteção contra inflação, garantindo ganho real ao investidor.
Vantagens de investir em CRI e CRA
Isenção de imposto de renda: Para pessoas físicas, os rendimentos desses títulos são isentos de IR, tornando-os mais atrativos em comparação a outros investimentos de renda fixa.
Boas rentabilidades: Muitas vezes, esses títulos oferecem retornos superiores aos CDBs, Tesouro Direto e até debêntures, principalmente os que são atrelados à inflação.
Diversificação da carteira: São uma excelente alternativa para diversificar os investimentos, reduzindo riscos e equilibrando a carteira.
Opções de longo prazo: Muitos CRIs e CRAs têm prazos mais longos, o que pode ser vantajoso para quem busca investimentos para aposentadoria ou outros objetivos de longo prazo.
Riscos e desvantagens
Baixa liquidez: Esses títulos geralmente não têm um mercado secundário forte, dificultando a venda antecipada caso o investidor precise do dinheiro antes do vencimento.
Risco de crédito: Como os recebíveis podem ser oriundos de empresas privadas, existe o risco de inadimplência, ou seja, o tomador não pagar a dívida.
Falta de cobertura do FGC: Ao contrário dos CDBs e LCIs/LCAs, os CRIs e CRAs não são garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Isso significa que, em caso de calote, o investidor pode perder seu capital.
Complexidade: Esses títulos podem ser mais complexos do que investimentos tradicionais, exigindo uma análise cuidadosa antes da compra.
Como investir em CRI e CRA?
Escolha uma corretora de valores: Os CRIs e CRAs são negociados em plataformas de investimento de corretoras.
Analise a emissora e o lastro: Verifique a qualidade da empresa emissora e os recebíveis que lastreiam o título.
Considere o risco e a rentabilidade: Avalie se o retorno compensa os riscos envolvidos.
Verifique o prazo e a liquidez: Certifique-se de que o investimento está alinhado com seus objetivos financeiros.
Os CRIs e CRAs são opções interessantes para quem busca boas rentabilidades na renda fixa, além de diversificação e isenção fiscal. No entanto, é fundamental analisar os riscos envolvidos, principalmente a falta de liquidez e a ausência da proteção do FGC. Ao escolher investir nesses títulos, é recomendável avaliar bem os emissores e alinhar o investimento aos seus objetivos financeiros.
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